a quem diga…

Hoje eu me peguei pensando sobre o que escrevo e sobre o que as outras pessoas escrevem, sabe?
É…esses textos”secretos” que colocamos na multidão da informação afim de que não sejam notados.

Foi até engraçado. Percebi que as palavras, quando escritas no paladar do que sentimos, soam, quase sempre, com uma densidade emocional quase que transferível. Não que isso seja ruim! Ou bom?! A verdade é que os sentimentos tendem a tirar nossa visão racional das coisas.

Aí, imagina só:

O escritor envolvido no embrulho do sentir, com o suar das mãos e coração disparado, transborda a datilografar aquilo da forma que lhe vem ao tato. Consegue, com um pouco de talento, ou sinceridade, expelir parte do “como se sente” em grupos de palavras, combinações que só fazem sentido a quem realmente já está imerso ao que ele escrevia.

Uma leitura sensorial do fato.

Com isso consegue de uma forma surpreendente transmitir  esse sentir-se ao leitor, que por sua vez, absorve todo aquele aroma e se sente no êxtase de sentir-lhe…e gera a sua leitura sensorial do fato!

O fato, coitado, era apenas a rotação terrestre, mas no tato do tal escritor, eternizou-se no dia em que a lua tocou no mar.